TEXTO

“Surgirão muitos falsos profetas, que enganarão a
muitos; e, por causa do aumento do que é contra a lei,
o amor da maioria esfriará.”

Mateus 24:11, 12
Amauri Jr - dono e administrador do Blog

sábado, 22 de novembro de 2014

A Vingança de Paulo Francis - que foi acusado pela Petrobras


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Maria Lucia Victor Barbosa

Em seu artigo, “Justiça a Paulo Francis, Ainda que Tardia”, de 23/09/2014, a professora de Direito Internacional da Universidade de São Paulo, Maristela Basso, recorda que anos atrás, no programa Manhattan Connection, Paulo Francis “sugeriu a privatização da Petrobras e chamou atenção para o fato de que seus diretores desviavam dinheiro para contas na Suíça, e era preciso investigar”.

Mas, o jornalista não tinha as provas necessárias, sendo então denunciado pelo presidente da Petrobras, Joel Rennó e mais sete diretores que o processaram através do Poder Judiciário dos Estados Unidos.  “A indenização aos diretores, mais custas e honorários foi estipulada em 100 milhões de dólares”, quantia impossível de ser paga por Paulo Francis. Como consequência ocorreu sua morte, em fevereiro de 1997, em Nova Iorque, por um enfarte fulminante.

O que diria hoje o brilhante Francis diante do assombroso, estrondoso, o mais gigantesco escândalo entre os muitos ocorridos no governo petista, chamado de petrolão e que agora começa vir à tona graças ao eficiente trabalho do juiz Sérgio Moro, da Polícia Federal e do Ministério Público?

Durante anos funcionários de carreira foram alçados por Lula a diretores da Petrobras. Eles funcionavam como receptadores de empreiteiras, que pagavam propinas para obter contratos de grandes obras da Petrobras, sendo que 1% a 3% eram repassados a partidos como o PT, PMDB e PP, segundo se sabe até agora. Tais repasses faziam com que as empreiteiras superfaturassem o custo das obras.

Ao mesmo tempo, um intricado sistema de lavagem de dinheiro era organizado pelo doleiro Alberto Youssef, que se encontra preso e optou pela delação premiada. Também o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, que se encontra em prisão domiciliar, seguiu o caminho da delação expondo juntamente com Youssef o assalto á Petrobras, do qual ambos participaram assiduamente.

Mais prisões aconteceram como a do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, indicado pelo mensaleiro José Dirceu, de quatro presidentes de grandes empreiteiras e de 15 executivos, na 7ª etapa da Operação Lava Jato denominada Juízo Final. O chamado “operador” do PMDB, Fernando Antonio Falcão Soares, cognome Fernando Baiano, entregou-se a polícia depois de permanecer foragido e deve ter grandes falcatruas a contar se optar pela delação premiada. Muitos outros ainda devem comparecer á Justiça, pois há uma extensa relação de políticos cujos nomes permanecem em sigilo.

A perda da Petrobras com os desvios pode chegar a 21 bilhões, segundo o banco americano Morgan Stanley. Tudo se passou durante os mandatos de Lula da Silva, sendo que Dilma Rousseff deles participou como ministra de Minas e Energia, depois ministra da Casa Civil, tendo sido também presidente do Conselho da Petrobras. Rousseff foi eleita presidente da República e a roubalheira se estendeu pelos quatro anos de seu primeiro mandato.

Por isso, quando petistas com aquele cacoete de atribuir sempre aos outros seus erros, falam que a culpa de tudo é dos governos anteriores, estão certos. Anteriormente foram oito anos de Lula da Silva e quatro de Dilma Rousseff. Mesmo assim estes não viram, não ouviram, não sabem de nada.

Some-se aos descalabros da Petrobras a condição econômica do País. Como bem resumiu Celso Ming, “a situação atual é de paradeira, alta inflação, contas públicas degradadas e deterioração das contas externas” (O Estado de S. Paulo, 19/11/2014).

Diante de tantas dificuldades o PT vai chocando seus ovos de serpente, dos quais na hora certa nascerão venenosíssimas urutus. Entre eles  podem ser citados:

1 – O Decreto 8.243 que constitui os Conselhos populares, espécie de sovietes compostos pelos chamados movimentos populares ligados e sustentados pelo PT. Caberá a eles se sobrepor ao Legislativo e ao Judiciário. O Decreto já foi rejeitado pela Câmara, mas deverá voltar ao Congresso.

2 – O recente manifesto do PT que aponta para o objetivo de alcançar a hegemonia e se refere, entre outras coisas de cunho autoritário, à censura dos meios de comunicação.

3 – A visita não oficial ao Brasil de Elias Jaua, ministro-chefe das milícias bolivarianas da Venezuela. Posteriormente ele aparece no vídeo de um canal de TV estatal venezuelana assinando um convênio com o MST na cidade de Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. Esses convênios na verdade são cursos de treinamento para a revolução socialista.

4 – A insidiosa campanha contra a polícia acusada de matar pessoas. Não se menciona o número de assassinatos de pessoas por bandidos, nem quantos policiais morreram heroicamente para proteger a população. Só falta pedir que a polícia ande desarmada para enfrentar facínoras fortemente armados.

Diante de tanta degradação e de um futuro nebuloso, o que diria o brilhante polemista, o corajoso jornalista Paulo Francis? Pena que ele não pode mais se expressar, mas, pelo menos está vingado.


Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

Patrulha ditatorial: Governo vai fiscalizar Twitter e Facebook em busca de “ódio”


Eles sempre usam um acontecimento isolado para provocar ações que cerceiam a liberdade...

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (20) que um grupo de trabalho interministerial vai monitorar mensagens de “ódio” na Internet e mapear crimes contra os direitos humanos no Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Flickr, Tumblr e outras redes sociais. Também vai abrir um canal de denúncias sobre páginas da internet que promovam ódio, violência e discriminação por preconceito. 

O grupo terá poder para abrir processos para punir autores.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti (foto), citou como um dos motivadores para a criação do grupo o assassinato da dona de casa do Guarujá (SP) Fabiane Maria de Jesus, que foi atacada por uma multidão depois da publicação de um retrato falado em redes sociais de uma mulher que supostamente realizava rituais de magia negra com crianças sequestradas. Fabiane tinha os traços parecidos com os descritos no retrato falado.

A Universidade Federal do Espírito Santo vai desenvolver um software de monitoramento para mapear, tabular e analisar em tempo real de onde partem atos de ofensa e apologia ao ódio nas redes sociais da Internet. O aplicativo vai permitir o cruzamento de informações de localização das mensagem com dados públicos do cidadão.

O grupo de trabalha é composto por membros da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Secretaria de Políticas para Mulheres, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais.

Existem mecanismos de fiscalização e punição para crimes reais e virtuais. O difícil é saber se os funcionários públicos que farão parte do grupo estarão preparados para o poder de polícia que terão. 

É bom que o governo se informe, como outros países estão fazendo, para que a iniciativa não se transforme em mais um instrumento político partidário.

Via: http://www.matheusleitao.com.br/

FONTE : WWW.LIBERTAR.IN

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Livro Negro do Socialismo/Comunismo

Este livro mostra como matar 100 milhões de pessoas em 60 aninhos sem bombas atômicas, sem guerras entre países, apenas entre a população escravizada.


Do portal MOVIMENTO ENDIREITAR
Por Roberto Campos em 08 de maio de 2008

"Le livre noir du communisme" (Edições Robert Laffont, Paris, 1997), escrito por seis historiadores europeus, com acesso a arquivos soviéticos recém-abertos, é uma espécie de enciclopédia da violência do comunismo. O chamado "socialismo real" foi uma tragédia de dimensões planetárias, superior em abrangência e intensidade ao seu êmulo totalitário do entreguerras - o nazifascismo.


Ao contrário da repressão episódica e acidental das ditaduras latino-americanas, a violência comunista se tornou um instrumento político-ideológico, fazendo parte da rotina de governo. Essa sistematização do terror não é rara na história humana, tendo repontado na Revolução Francesa do século 18 na fase violenta do jacobinismo, na "industrialização do extermínio judaico" pelos nazistas, e - confesso-o com pudor - na inquisição da Igreja Católica, que durante séculos queimava os corpos para purificar as almas.


O "Livre noir" me veio às mãos num momento oportuno em que, reaberto na mídia e no Congresso o debate sobre a violência de nossos "anos de chumbo" nas décadas de 60 e 70, me pusera a reler o "Brasil Nunca Mais", editado em 1985 pela Arquidiocese de São Paulo.


Comparados os dois, verifica-se que o Brasil não ultrapassou o abecedário da violência, palco que foi de um miniconflito da Guerra Fria, enquanto que o "Livre noir" é um tratado ecumênico sobre as depravações ínsitas do comunismo, este sem dúvida o experimento mais sangrento de toda a história humana.


Produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas, indicando que a violência comunista não foi mera aberração da psique eslava, mas, sim, algo diabolicamente inerente à engenharia social marxista, que, querendo reformar o homem pela força, transforma os dissidentes primeiro em inimigos e, depois, em vítimas.


A aritmética macabra do comunismo assim se classifica por ordem de grandeza: China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2 milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu (1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).


O comunismo fabricou três dos maiores carniceiros da espécie humana - Lênin, Stálin e Mao Tse-tung. Lênin foi o iniciador do terror soviético.Enquanto os czares russos em quase um século (1825 a 1917) executaram 3.747 pessoasLênin superou esse recorde em apenas quatro meses após a revolução de outubro de 1917.


Alguns líderes do Terceiro Mundo figuram com distinção nessa galeria de assassinos. Em termos de percentagem da população, o campeão absoluto foi Pol Pot, que exterminou em 3,5 anos um quarto da população do Camboja.


Fidel Castro, por sua vez, é o campeão absoluto da "exclusão social", pois 2,2 milhões de pessoas, equivalentes a 20% da população da ilha, tiveram de fugir. Juntamente com o Vietnã, Fidel criou uma nova espécie de refugiado, o "boat people" - ou seja, os "balseros", milhares dos quais naufragaram, engordando os tubarões do Caribe.


A vasta maioria dos países comunistas é culpada dos três crimes definidos no artigo 6º do Estatuto de Nuremberg: crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.


A discussão brasileira sobre os nossos "anos de chumbo" raramente situa as coisas no contexto internacional da Guerra Fria, a qual alcançou seu apogeu nos anos 60 e 70, provocando um "refluxo autoritário" no Terceiro Mundo. Houve intervenções militares no Brasil e na Bolívia em 1964, na Argentina em 1966, no Peru em 1968, no Equador em 1972, e no Uruguai em 1973.


Fenômeno idêntico ocorreu em outros continentes. Os militares coreanos subiram ao governo em 1961 e adquiriram poderes ditatoriais em 1973. Houve golpes militares na Indonésia em 1965, na Grécia em 1967 e, nesse mesmo ano, o presidente Marcos impunha a lei marcial nas Filipinas, e Indira Gandhi declarava um "regime de emergência". Em Taiwan e Cingapura houve autoritarismo civil sob um partido dominante.


O grande mérito dos regimes democráticos é preservar os direitos humanos, estigmatizando qualquer iniciativa de violá-los. Mas por lamentáveis que sejam as violências e torturas denunciadas no "Brasil, Nunca Mais", elas empalidecem perto das brutalidades do comunismo cubano, minudenciadas no "Livre noir".


Comparados ao carniceiro profissional do Caribe, os militares brasileiros parecem escoteiros destreinados apartando um conflito de subúrbio... Enquanto Fidel fuzilou entre 15 mil e 17 mil pessoas (sendo 10 mil só na década de 60), o número de mortos e desaparecidos no Brasil, entre 1964 e 1979, a julgar pelos pedidos de indenização, seria em torno de 288, segundo a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, e de 224 casos comprovados, segundo a Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça. O Brasil perde de longe nessa aritmética macabra.


Em 1978, quando em nosso Congresso já se discutia a "Lei da Anistia", havia em Cuba entre 15 mil e 20 mil prisioneiros políticos, número que declinou para cerca de 12 mil em 1986. No ano passado, 38 anos depois da Revolução de Sierra Maestra, ainda havia, segundo a Anistia Internacional, entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos na ilha. Em matéria de prisões e torturas, a tecnologia cubana era altamente sofisticada, havendo "ratoneras", "gavetas" e "tostadoras". Registre-se um traço de inventividade tecnológica - a tortura "merdácea", pela imersão de prisioneiros na merda.


Não houve prisões brasileiras comparáveis a La Cabaña (onde ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato, Kilo 5,5 ou Pinar Del Rio. Com estranha incongruência, artistas e intelectuais e políticos que denunciam a tortura brasileira visitam Cuba e chegam mesmo a tecer homenagens líricas a Fidel e a seu algoz-adjunto Che Guevara.


Este, como procurador-geral, foi comandante da prisão La Cabaña, onde, nos primeiros meses da revolução, ocorreram 120 fuzilamentos (dos 550 confessados por Fidel Castro), inclusive as execuções de Jesus Carreras, guerrilheiro contra a ditadura batista, e de Sori Marin, ex-ministro da agricultura de Fidel. Note-se que Che foi o inventor dos "campos de trabalho coletivos", na península de Guanaha, versão cubana dos "gulags soviéticos" e dos "campos de reeducação" do Vietnã.


A repressão comunista tem características particularmente selvagens. A responsabilidade é "coletiva", atingindo não apenas as pessoas, mas as famílias. É habitual o recurso a trabalhos forçados, em campos de concentração. Não há separação carcerária, ou mesmo judicial, entre criminosos comuns e políticos. Em Cuba, criou-se um instituto original, o da "periculosidade pré-delitual", podendo a pessoa ser presa por mera suspeita das autoridades, independentemente de fatos ou ações.


Causa-me infinda perplexidade, na mídia internacional e em nosso discurso político local, a "angelização" de Fidel e Guevara e a "satanização" de Pinochet. Isso só pode resultar de ignorância factual ou de safadeza ideológica.


Pinochet foi ditador por 17 anos; Fidel está no poder há 39 anos. Pinochet promoveu a abertura econômica e iniciou a redemocratização do país, retirando-se após derrotado em plebiscito e em eleições democráticas como senador vitalício (solução que, se imitada em Cuba, facilitaria o fim do embargo).


Fidel considera uma obscenidade a alternância no poder, preferindo submeter a nação cubana à miséria e à fome, para se manter ditador. Pinochet deixou a economia chilena numa trajetória de crescimento sustentado de 6,5% ao ano. Antes de Fidel, a economia cubana era a terceira em renda por habitante entre os latino-americanos e hoje caiu ao nível do Haiti e da Bolívia.


O Chile exporta capitais, enquanto Fidel foi um pensionista da União Soviética e, agora, para arranjar divisas, conta com remessas de exilados e receitas de turismo e prostituição. Em termos de violência, o número de mortos e desaparecidos no Chile foi estimado em 3.000, enquanto Fidel fuzilou 17 mil!


Apesar de fronteiras terrestres porosas, o Chile, com população comparável à de Cuba e sem os tubarões do Caribe, sofreu um êxodo de apenas 30 mil chilenos, hoje em grande parte retornados. Sob Fidel, 20% da população da ilha, ou seja, algo que nas dimensões brasileiras seria comparável à Grande São Paulo, teve de fugir.


Em suma, Pinochet submeteu-se à democracia e tem bom senso em economia. Fidel é um PhD em tirania e um analfabeto em economia. O "Livre noir" nos dá uma idéia da bestialidade de que escapamos se triunfassem os radicais de esquerda. Lembremo-nos que, em 1963, Luiz Carlos Prestes declarava desinibidamente que "nós os comunistas já estamos no governo, mas não ainda no poder".


Parece-me ingenuidade histórica imaginar que, na ausência da revolução de 1964, o Brasil manteria apenas com alguns tropeços sua normalidade democrática. A verdade é que Jango Goulart não planejara minimamente sua sucessão, gerando suspeitas de continuísmo. E estava exposto a ventos de radicalização de duas origens: a radicalização sindical, que levaria à hiperinflação, e a radicalização ideológica, pregada por Brizola e Arraes, que podia resultar em guerra civil.


É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que, no albor dos anos 60, este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: "anos de chumbo" ou "rios de sangue"...

Roberto Campos foi economista, diplomata, senador pelo PDS-MT e ministro do Planejamento (governo Castello Branco). É autor de "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994). Este e outros artigos podem ser encontrados no livro de Roberto Campos, Na Virada do Milênio, ed. Topbooks, 1998.

Folha de S. Paulo e O Globo, 19/04/98

O DOSSIÊ FARC - PT - Pela especialista em AL Graça Salgueiro



Finalmente começa a vir à tona o envolvimento do Brasil com as FARC. Desde maio deste ano, quando o INTERPOL confirmou em relatório a autenticidade dos documentos encontrados nos computadores de Raúl Reyes, eu fui informada de que havia documentos muito comprometedores do governo brasileiro em poder do FBI e do presidente Uribe mas não comentei porque não tinha em mãos documentos comprobatórios, embora a fonte fosse idônea. Em princípio o presidente Uribe não iria fazer uso dessas informações por questões diplomáticas, considerando as boas relações comerciais entre nossos países – o que pesa muito nas decisões -, inclusive os aviões que deram combate ao acampamento de Raúl Reyes eram os nossos Super Tucanos da Embraer.

Em entrevista concedida ao Estadão domingo passado, o ministro da Defesa colombiana, Juan Manuel Santos, disse: “Há uma série de informações de conexões, que entregamos ao governo brasileiro, para que ele possa reagir como considerar mais apropriado”. O “dossiê”, cujo conteúdo foi revelado em parte hoje pela revista “Cambio”, fora entregue a Lula quando em visita àquele país, por ocasião da festa da Independência entre os dias 18 e 20 de julho. Quero destacar a sutileza – e firmeza de postura - de Uribe e de seus principais colaboradores, pois eles sabem perfeitamente bem com quem estão lidando, sabem que o Brasil é o principal signatário do Foro de São Paulo (e conhecem em detalhes o que é e o que faz esta organização), sabem do envolvimento destes com as FARC mas agem como se nada soubessem. Nesta visita de Lula, Uribe consentiu em integrar o Conselho Sul-Americano de Defesa mas não se iludam porque ele avisou que “as decisões têm que ser por consenso” e já demonstrou fartamente que segue as orientações dos SEUS ministros e FFAA. Se algo fugir da esfera comercial, estejam certos de que a Colômbia cai fora.

É importante salientar ainda que a revista “Cambio” pertence ao grupo do jornal “El Tiempo”, que é de propriedade da família do ministro Santos e que, se o material foi publicado (e é matéria de capa desta semana que entra), foi com o seu consentimento. Especulo que isto foi uma “agulhada” para ver se o Brasil toma alguma providência, pois nenhuma medida fora tomada até então, desde o conhecimento do fato há uma semana.

E este foi mais um fato que a mídia brasileira resolveu divulgar, porém, como das outras tantas em que falam de FARC ou Foro de São Paulo, fazem com o espírito de morcego que morde e sopra, fingem bater e apontar o dedo acusador para depois afagar, cúmplices, abjetas, servis. É impressionante como em três jornais que li a informação é rigorosamente igual, sem mudar uma só palavra, dando a impressão de que um (o UOL foi o primeiro a publicar) traduziu algumas coisas do original, foi passado pelo crivo da PTPol e depois liberado para os outros, não sem antes ser de higienicamente filtrado. O fato é que, fingindo que informam a relação do Governo, do PT e de figurões governamentais com as FARC, esses jornalecos escondem o principal, o mais revelador. Quem se dispõe a investigar, entretanto, vai descobrir que o dossiê é muitíssimo mais grave do que fingidamente alegou Marco Aurélio Garcia (MAG) quando o menosprezou considerando-o de “irrelevante”.

A revista “Cambio” teve acesso a 85 e-mails (o que não é pouco) dentre eles alguns do pseudo-padre Oliverio Medina. Esses, que revelam seus planos para conseguir o status de refugiado, quem interferiu no processo e confirma o “arranjo” para abrigar a família em Brasília, a mídia brasileira não revelou. Medina diz viver de “doações de amigos e um pró-labore como secretário do Centro de Estudos Latino-Americanos, numa salinha onde ele e outros três militantes preparam panfletos sobre a história do continente distrubuídos a escolas carentes nas cidades-satélite da capital brasileira”, segundo reportagem do jornal O Globo de 8 de julho deste ano. Segundo ele, “quem recebe o benefício do refúgio tem que ficar na sombra”, demonstrando uma falsíssima humildade e mudança de comportamento que nunca teve, inclusive porque, enquanto finge estar fazendo um trabalho educativo, está mesmo é doutrinando jovens inexperientes sobre sua maldita ideologia comuno-terrorista. E tudo ali, nas barbas do governo, que cala e consente porque é cúmplice do crime.

Vejam o que dizia um dos e-mails dele para Raúl Reyes, em 14 de abril de 2007, gozando já do status de refugiado:
“Devo atuar com cautela para não facilitar ao inimigo argumentos que levem a questionar o refúgio. Nesse sentido, ter conseguido o traslado da ‘Mona’ e da ‘Timbica’ (explico mais adiante quem são) para a capital do país, foi importante. Manterei esse baixo perfil até a neutralização. Obtida esta, terei passaporte brasileiro e a primeira coisa que devo pensar é em ir vê-los”. Quer dizer, este terrorista assassino nunca mudou de conduta, como disse ter “abandonado as armas” para conseguir a liberdade perante o CONARE. O texto original desta declaração pode-se ver na página 4

No início de junho Diogo Mainardi denunciou neste artigo que a mulher de Medina, Angela Maria Slongo, havia sido contratada pela Presidência da República para ocupar um cargo comissionado no Ministério da Pesca, a pedido de Dilma Roussef. Esta apressou-se em desmentir mas, posteriormente, a revista Veja publicou numa matéria cópia do bilhetinho desta terrorista indicando a mulher de Medina para o caso. Agora é o próprio Medina quem confessa, em mensagem encaminhada a Raúl Reyes em 17 de janeiro de 2007, revelado pela revista “Cambio”; leiam:

“Na segunda-feira 15 a ‘Mona’ (‘Mona’ é a mulher, e ‘Timbica’ é a filha do casal) iniciou seu emprego novo e para assegurá-la ou fechar a passagem à direita caso em algum momento queiram aborrecê-la, então a deixaram na Secretaria de Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência da República”. (Nota original na página 3). Ou seja, diretamente ligada ao sr. da Silva que, certamente, não sabia de nada disso, sequer que dona Slongo é mulher do terrorista das FARC...

E as notas mais cínicas ficam por conta de Gilberto Carvalho, assessor direto do presidente Lula (já observaram que este elemento é citado em tudo quanto é patifaria que vem sendo descoberta?), e do poderoso MAG. As declarações desta dupla são tão cínicas que não resistem a uma pesquisa de menino de primário. Carvalho diz que o Governo tem “zero de relação com as FARC”; MAG diz que seu nome é citado porque “foi ele quem evitou que a narco-guerrilha se aproximasse do governo Lula” e que “as informações falam por si” E eu pergunto: como “evitar” que a narco-guerrilha se aproximasse do governo se ambos são parceiros de quase duas décadas no FSP? Entretanto, não é bem isto que dizem as FARC, muito menos os fatos.

Em e-mail datado de 25 de dezembro de 2006, Medina conta a Raúl Reyes (RR) que mandou cartão de Natal para dois assessores de Lula que são respectivamente Silvino Reck (que foi assessor de Olívio Dutra em Porto Alegre – quando este recebia no Palácio Piratini emissários das FARC – e depois, com o mesmo cargo, quando Dutra passou a ser Ministro das Cidades), e Gilberto Carvalho por terem-no ajudado no processo de refúgio; e em 23 de fevereiro de 2007, também dirigido a RR, Medina diz: “É possível que me visite um assessor especial de Lula chamado Silvino Reck, que junto com Gilberto Carvalho foi outro que nos ajudou bastante”.

Se estas correspondências não são suficientes para provar o cinismo desta gente, vejam os nomes constantes do corpo editorial da revista do Foro de São Paulo intitulada América Libre e este vídeo feito pela revista Veja, do último Encontro do Foro de São Paulo ocorrido entre 22 e 25 de maio deste ano em Montevidéu, que vocês vão encontrar os nomes e as caras de MAG e Carvalho; na revista, ao lado de Manuel Marulanda “Tirofijo” e no vídeo, aplaudindo a homenagem prestada a este verme feito por outro elemento peçonhento, Daniel Ortega, no encerramento do Encontro.

Pior do que as mentiras e dissimulação desta escória sinistra é a subserviência da mídia (com raríssimas exceções) que toma conhecimento destes fatos e não informa ao público, não revela NADA que possa abalar a credibilidade postiça deste governo de terroristas. Com que moral esta mídia pode falar dos “torturadores da ditadura” e ao mesmo tempo omitir e maquiar a conivência e participação direta do governo com terroristas sanguinários como as FARC? Que moral julga ter esta gente para, fingindo denunciar, encobrir os crimes da aliança FARC-FSP por décadas a fio? Todos tiveram acesso ao documento original da revista “Cambio” mas omitiram o principal porque têm o rabo preso, porque são covardes e porque pensam que, se ajoelhando e rastejando feito cobras, serão poupados no final. A terra não lhes será leve! E para fechar esta edição, recomendo a leitura do artigo “Como eu dizia”, do filósofo e jornalista Olavo de Carvalho que, ao contrário de seus colegas de profissão, há anos prega no deserto sobre este tema. Como ele diz no artigo, parece que andou “falando para as pedras”, como ocorre com a escriba deste blog.
Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentário e traduções: G. Salgueiro

Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o Mundo

Em Carta aberta com 29 pontos, cientistas alertam para os perigos que os transgênicos representam para a segurança alimentar e a biodiversidade
Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o Mundo Da Redação
Preocupados com os perigos que os transgênicos para a sociedade, 815 cientistas lançaram, no último dia 7, uma carta aberta exigindo à proibição de qualquer tipo de cultivo desses alimentos, pois “ameaçam a segurança alimentar e violam os direitos humanos básicos e a dignidade”.
Para eles, o cultivo dos transgênicos também intensifica o monopólio corporativo, exacerbam as desigualdades e impedem a mudança para uma agricultura sustentável que garanta a segurança alimentar e a saúde em todo o mundo.
A carta ainda destaca que fontes dos governos ingleses e norte-americanos já alertam sobre os perigos dos transgênicos para a biodiversidade e a saúde humana, pois podem gerar doenças infecciosas incuráveis e câncer.
A carta é assinada por 815 cientistas de 82 países, entre os quais estão:

Dr. David Bellamy, Biólogo e artista, Londres, Reino Unido;
Prof. Liebe Cavalieri, Matemática Ecologista, Univ. Minnesota, EE.UU.;
Dr. Thomas S. Cox, geneticista, Departamento de Agricultura de EE.UU. (aposentado), Índia;
Dr. Tewolde Egziabher, porta-voz para a Região da África, Etiópia Dr. David Ehrenfeld, biólogo / ecólogo da Universidade de Rutgers, EE.UU.;
Dr. Vladimir Zajac, Oncovirologista, Geneticista, Cancer Reseach Inst., República Checa;
Dr. Brian Hursey, ex-oficial superior da FAO para as doenças transmitidas por vetores, Reino Unido;
Prof. Ruth Hubbard, geneticista da Universidade de Harvard, EE.UU. Prof. Jonathan King, biólogo molecular, MIT, Cambridge, EE.UU.;
Prof. Gilles-Eric Seralini, Laboratoire de Biochimie y Moleculaire, Univ. Caen, França;
Dr. David Suzuki, geneticista, David Suzuki Foundation, Univ. Columbia Britânica, Canadá;
Dra. Vandana Shiva, física teórica e ecologista, Índia;
Dr. George Woodwell, Diretor, Centro de Pesquisa Woods Hole, EE.UU.;
Prof. Oscar B. Zamora, Agrônomo, U. de Filipinas, Los Baños, Filipinas.
Segue a carta na íntegra
Nós, cientistas abaixo-assinados, pedimos a suspensão imediata de todas as licenças ambientais para cultivos transgênicos e produtos derivados dos mesmos, tanto comercialmente como em testes em campo aberto, durante ao menos cinco anos; as patentes dos organismos vivos, dos processos, das sementes, das linhas de células e genes devem ser revogadas e proibidas; e exige-se uma pesquisa pública exaustiva sobre o futuro da agricultura e a segurança alimentar para todos.
As patentes de formas de vida e processos vivos deveriam ser proibidas porque ameaçam a segurança alimentar, promovem a biopirataria dos conhecimentos indígenas e dos recursos genéticos, violam os direitos humanos básicos e a dignidade, o compromisso da saúde, impedem a pesquisa médica e científica e são contra o bem-estar dos animais.
Os cultivos transgênicos não oferecem benefícios para os agricultores ou os consumidores. Em vez disso, trazem consigo muitos problemas que foram identificados e que incluem o aumento do uso de herbicidas, o desempenho errático e baixos rendimentos econômicos para os agricultores. Os cultivos transgênicos também intensificam o monopólio corporativo sobre os alimentos, o que está levando os agricultores familiares à miséria e impedindo a passagem para uma agricultura sustentável que garanta a segurança alimentar e a saúde no mundo.
Os perigos dos transgênicos para a biodiversidade e a saúde humana e animal são agora reconhecidos por várias fontes dentro dos Governos do Reino Unido e dos Estados Unidos. Consequências especialmente graves se associam ao potencial de transferência horizontal de genes. Estes incluem a difusão de genes marcadores de resistência a antibióticos a ponto de tornarem doenças infecciosas incuráveis, a criação de novos vírus e bactérias que causam doenças e mutações danosas que podem provocar o câncer.
No Protocolo de Biossegurança de Cartagena negociado em Montreal em janeiro de 2000, mais de 120 governos se comprometeram a aplicar o princípio da precaução e garantir que as legislações de biossegurança em nível nacional e internacional tenham prioridade sobre os acordos comerciais e financeiros da Organização Mundial do Comércio.
Sucessivos estudos documentaram a produtividade e os benefícios sociais e ambientais da agricultura ecológica e familiar, de baixos insumos e completamente sustentável. Ela oferece a única forma para restaurar as terras agrícolas degradadas pelas práticas agronômicas convencionais e possibilita a autonomia dos pequenos agricultores familiares para combater a pobreza e a fome.
Instamos o Congresso dos Estados Unidos a proibir os cultivos transgênicos, já que são perigosos e contrários aos interesses da agricultura familiar; e a apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de métodos de agricultura sustentável que podem realmente beneficiar as famílias de agricultores em todo o mundo.
* * *
1. As patentes de formas de vida e de processos vivos deveriam ser proibidas porque ameaçam a segurança alimentar, promovem a biopirataria dos conhecimentos indígenas e os recursos genéticos, violam os direitos humanos básicos e a dignidade, o compromisso com a saúde, impedem a pesquisa médica e científica e são contrários ao bem-estar dos animais. (1) As formas de vida, tais como organismos, sementes, linhas celulares e os genes, são descobertas e, portanto, não são patenteáveis. As atuais técnicas GM, que exploram os processos vivos, não são confiáveis; são incontroláveis e imprevisíveis e não podem ser consideradas como invenções. Além disso, estas técnicas são inerentemente inseguras, assim como muitos organismos e produtos transgênicos.
2. Cada vez está mais claro que os atuais cultivos transgênicos não são nem necessários nem benéficos. São uma perigosa distração que impede a mudança essencial para práticas agrícolas sustentáveis que podem proporcionar a segurança alimentar e a saúde em todo o mundo.
3. Duas características simples contam para os quase 40 milhões de hectares de cultivos transgênicos plantados em 1999 (2). A maioria (71%) é tolerante a herbicidas de amplo espectro, desenvolvidos, por sua vez, para serem tolerantes à sua própria marca de herbicida, ao passo que o resto é projetado com as toxinas Bt para matar pragas de insetos. Uma estatística baseada em 8.200 testes de campo do cultivo transgênico mais popular, a soja, revelou que a soja transgênica rende 6,7% menos e requer duas a cinco vezes mais herbicidas que as variedades não modificadas geneticamente. (3) Isso foi confirmado por um estudo mais recente realizado na Universidade de Nebraska. (4) No entanto, foram identificados outros problemas, tais como: o desempenho errático, suscetibilidade a doenças (5), o aborto de frutas (6) e baixos rendimentos econômicos para os agricultores. (7)
4. De acordo com o programa para a alimentação da ONU, há alimentos suficientes para alimentar o mundo uma vez e meia. Enquanto a população cresceu 90% nos últimos 40 anos, a quantidade de alimentos per capita aumentou em 25%, e assim mesmo um bilhão de pessoas passam fome. (8) Um novo relatório da FAO confirma que há alimentos suficientes ou mais que suficientes para satisfazer as demandas globais sem levar em conta qualquer melhora no rendimento proporcionado pelos transgênicos até 2030. (9) É por conta do crescente monopólio empresarial, que opera sob a economia globalizada, que os pobres são cada vez mais pobres e passam mais fome. (10) Os agricultores familiares de todo o mundo foram levados à miséria e ao suicídio e pelas mesmas razões. Entre 1993 e 1997 o número de propriedades de tamanho médio nos Estados Unidos reduziu-se em 74.440 (11), e os agricultores recebem menos do custo médio da produção por seus produtos. (12) A população agrícola na França e na Alemanhadiminuiu em 50% desde 1978. (13) No Reino Unido, 20.000 empregos agrícolas sumiram no último ano, e o primeiro Ministro anunciou um pacote de ajuda de 200 milhões de libras. (14) Quatro empresas controlam 85% do comércio mundial de cereais no final de 1999. (15) As fusões e aquisições continuam.
5. As novas patentes de sementes intensificam o monopólio empresarial mediante a proibição dos agricultores de guardarem e replantarem as sementes, o que a maioria dos agricultores continua a fazer no Terceiro Mundo. A fim de proteger suas patentes, as empresas continuam desenvolvendo tecnologias terminator para que as sementes colhidas não germinem, apesar da oposição mundial dos agricultores e da sociedade civil em geral. (16)
6. A Christian Aid, uma importante organização de caridade que trabalha no Terceiro Mundo, chegou à conclusão de que os cultivos transgênicos provocam desemprego, agravam a dívida do Terceiro Mundo e são uma ameaça para os sistemas agrícolas sustentáveis, além de prejudicar o meio ambiente. (17) Os governos africanos condenaram a afirmação da Monsanto de que os transgênicos são necessários para alimentar os famintos do mundo: “Nós nos opomos firmemente… ao fato de que a imagem dos pobres e famintos dos nossos países esteja sendo utilizada pelas grandes empresas multinacionais para desenvolver tecnologia que não é segura nem para o meio ambiente, nem economicamente benéfica para nós… Nós acreditamos que vai destruir a diversidade, o conhecimento local e os sistemas agrícolas sustentáveis que nossos agricultores desenvolveram durante milhares de anos e… minar a nossa capacidade de nos alimentar”. (18) Uma mensagem do Movimento Camponês das Filipinas dirigida à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) dos países industrializados, declarou: “A entrada dos organismos geneticamente modificados seguramente intensificará a falta de terras, a fome e a injustiça”. (19)
7. Uma coalizão de grupos de agricultores familiares dos Estados Unidos divulgou uma lista completa das suas exigências, entre as quais estão a proibição da propriedade de todas as formas de vida; a suspensão das vendas, licenças ambientais e outras aprovações de cultivos transgênicos e dos produtos derivados, pendentes de uma avaliação independente e exaustiva dos impactos ambientais, da saúde e econômico-sociais; e que se obrigue as empresas a se responsabilizarem por todos os danos e prejuízos derivados de seus cultivos geneticamente modificados e produtos para o gado, sobre os seres humanos e o meio ambiente. (20) Também exigem uma moratória de todas as fusões e aquisições de empresas, do fechamento da granja, e o fim das políticas que servem aos grandes interesses agroindustriais à custa dos agricultores familiares, dos contribuintes e do meio ambiente. (21) Eles montaram uma ação judicial contra a Monsanto e outras nove empresas por práticas monopólicas e por impingir os cultivos transgênicos sobre os agricultores sem avaliações de segurança e de impacto ambiental adequadas. (22)
8. Alguns dos perigos dos cultivos transgênicos são reconhecidos abertamente pelos Governos do Reino Unido e dosEstados Unidos. O Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação do Reino Unido admitiu que a transferência dos cultivos transgênicos e o pólen para além dos campos plantados é inevitável (23), e isso já deu lugar a ervas daninhas resistentes aos herbicidas. (24) Um relatório provisório sobre os testes de campo patrocinados pelo Governo do Reino Unido confirmou a hibridação entre propriedades adjacentes de diferentes variedades de colza tolerante aos herbicidas modificados geneticamente, o que deu lugar a híbridos tolerantes a múltiplos herbicidas. Além disso, a colza transgênica e seus híbridos foram encontrados como praga nos cultivos de trigo e cevada posteriores, que estavam sendo controlados com herbicidas convencionais. (25) Pragas de insetos resistentes ao Bt evoluíram em resposta à contínua presença das toxinas nas plantas transgênicas durante todo o ciclo de cultivo e aAgência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos está recomendando aos agricultores para que plantem até 40% de cultivos não geneticamente modificados com a finalidade de criar refúgios para não pragas de insetos resistentes. (26)
9. As ameaças à diversidade biológica dos principais cultivos transgênicos já comercializados são cada vez mais claras. Os herbicidas de amplo espectro utilizados com os cultivos transgênicos tolerantes a herbicidas não apenas dizimam espécies de plantas silvestres de forma indiscriminada, mas também são tóxicos para os animais. O glufosinato provoca defeitos congênitos em mamíferos (27) e o glifosato está ligado ao linfoma de Hodgkin. (28) Os cultivos transgênicos Bt-toxinas matam insetos benéficos como as abelhas (29) e os crisopídios (30) e o pólen do milho Bt é letal para as borboletas monarca (31), assim como para os papiliônidos. (32) A Toxina Bt é exalada das raízes do milho Bt na rizosfera, onde se une rapidamente às partículas do solo e se converte em parte do mesmo. À medida que a toxina está presente de forma ativada, não seletiva, espécies objetivas e não objetivas no solo se verão afetadas (33), causando um enorme impacto sobre todas as espécies acima do solo.
10. Os produtos resultantes dos organismos geneticamente modificados também podem ser perigosos. Por exemplo, um lote de triptofano produzido por microorganismos geneticamente modificados está associado a pelo menos 37 mortes e 1.500 doenças graves. (34) Um hormônio geneticamente modificado de crescimento bovino, que é injetado em vacas com a finalidade de aumentar a produção de leite, não provoca apenas o sofrimento excessivo e doenças nas vacas, mas também aumenta o IGF-1 no leite, que está vinculado ao câncer de mama e da próstata em seres humanos. (35) É vital para o público ser protegido de todos os produtos transgênicos e não apenas os que contêm DNA transgênico ou proteína. Isso porque o próprio processo de modificação genética, pelo menos na forma praticada atualmente, é inerentemente perigoso.
11. Memorandos secretos da Administração dos Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos revelaram que foram ignoradas as advertências dos seus próprios cientistas de que a engenharia genética é um novo ponto de partida e introduz novos riscos. Além disso, o primeiro cultivo transgênico liberado para sua comercialização – o tomate Flavr Savr – não passou nos testes toxicológicos requeridos. (36) Desde então, nenhum teste de segurança científica abrangente havia sido feito até que o Dr. Arpad Pusztai e seus colaboradores no Reino Unido levantaram sérias preocupações sobre a segurança das batatas GM que eles estavam testando. Eles chegaram à conclusão de que uma parte significativa do efeito tóxico pode ser devido à transformação genética ou ao processo utilizado na fabricação das plantas geneticamente modificadas ou ambos. (37)
12. A segurança dos alimentos transgênicos foi abertamente contestada pelo professor Bevan Moseley, geneticista molecular e atual presidente do Grupo de Trabalho sobre Novos Alimentos no Comitê Científico da União Europeia sobre a Alimentação. (38) Ele chamou a atenção sobre os efeitos imprevistos inerentes à tecnologia, enfatizando que a próxima geração dos alimentos geneticamente modificados – os chamados ‘nutracêuticos’ ou ‘alimentos funcionais’, como a vitamina A ‘enriquecida’ do arroz – ira representar riscos ainda maiores para a saúde devido ao aumento da complexidade das construções de genes.
13. A engenharia genética introduz novos genes e novas combinações de material genético construído em laboratório nos cultivos, no gado e nos microorganismos. (39) As construções artificiais são derivadas do material genético de vírus patógenos e outros parasitas genéticos, assim como bactérias e outros organismos e incluem códigos genéticos para resistir aos antibióticos. As construções estão projetadas para quebrar as barreiras das espécies e para superar os mecanismos que impedem de inseri-lo em genomas de material genético estranho. A maioria deles nunca existiu na natureza ao longo de bilhões de anos de evolução.
14. Estes constructos são introduzidos nas células por métodos invasivos que levam a inserção aleatória dos genes estranhos aos genomas (a totalidade de todo o material genético de uma célula ou organismo). Isto dá lugar a efeitos aleatórios imprevisíveis, incluindo anormalidades em animais e em toxinas e alérgenos inesperados em cultivos alimentares.
15. Uma construção comum a praticamente todos os cultivos transgênicos já comercializados ou submetidos a testes de campo envolve um interruptor de gene (promotor) do vírus mosaico da couve-flor (CaMV) emendado ao gene estranho (transgene) para torná-lo sobre-expresso de forma contínua. (40) Este promotor CaMV está ativo em todas as plantas, em leveduras, algas e no E.coli. Recentemente descobrimos que é ainda está ativo no ovo de anfíbio (41) e no extrato de células humanas. (42) Ele tem uma estrutura modular e pode ser intercambiado, em parte ou na sua totalidade, com os promotores de outros vírus para dar aos vírus infecciosos. Ele também tem um “ponto quente de recombinação”, assim que é propenso a romper-se e unir-se a outro material genético. (43)
16. Por estas e outras razões, o DNA transgênico – a totalidade das construções artificiais transferidas para o OGM – pode ser mais instável e propenso a transferir-se novamente para espécies não relacionadas; potencialmente, para todas as espécies que interagem com o OGM. (44)
17. A instabilidade do DNA transgênico em plantas geneticamente modificadas é bem conhecida. (45) Genes transgênicos são, muitas vezes, silenciados, mas a perda de parte ou da totalidade do DNA transgênico também ocorre, inclusive nas gerações posteriores de propagação. (46) Estamos cientes de nenhuma evidência publicada para a estabilidade a longo prazo de inserções transgênicas em termos de estrutura ou localização no genoma da planta em qualquer das linhas de transgênicos já comercializados ou testados em campo.
18. Os perigos potenciais da transferência horizontal de genes de GM incluem a propagação de genes resistentes a antibióticos aos patógenos, a geração de novos vírus e bactérias que causam a doença e as mutações devido à inserção aleatória de DNA estranho, alguns dos quais podem provocar o câncer em células de mamíferos. (47) A capacidade do promotor CaMV para funcionar em todas as espécies, incluindo os seres humanos, é particularmente relevante para os perigos potenciais da transferência horizontal de genes.
19. A possibilidade de o DNA nu ou livre ser absorvido por células de mamíferos é explicitamente mencionado pelaAdministração dos Alimentos e Medicamentos (FDA), dos Estados Unidos, em um projeto de orientação à indústria sobre os genes marcadores de resistência a antibióticos. (48) Em seus comentários sobre o documento da FDA, oMinistério da Agricultura, Pesca e Alimentação do Reino Unido assinalou que o DNA transgênico pode ser transferido não apenas por ingestão, mas pelo contato com a poeira e o pólen de plantas transmitidas pelo ar durante o trabalho agrícola e o processamento de alimentos. (49) Esta advertência é ainda mais significativa com o recente relatório da Universidade de Jena, na Alemanha, segundo o qual os testes de campo indicaram que genes transgênicos podem ser transferidos via pólen transgênico para as bactérias e leveduras no intestino das larvas das abelhas. (50)
Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o Mundo 20. O DNA da planta não se degrada facilmente durante a maior parte do processamento comercial de alimentos. (51) Procedimentos como a moagem e o trituramento de grãos deixaram o DNA em grande parte intacto, assim como o tratamento térmico em 90deg.C. O processo da silagem mostrou pouca degradação do DNA e um relatório especial do Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação do Reino Unido desaconselha o uso de plantas geneticamente modificadas ou de resíduos vegetais na alimentação animal.
21. A boca humana contém bactérias que se mostraram capazes de assumir e expressar DNA nu que contém genes de resistência a antibióticos e bactérias transformáveis similares estão presentes nas vias respiratórias. (52)
22. Verificou-se a transferência horizontal de genes marcadores de resistência aos antibióticos de plantas GM bactérias e fungos do solo no laboratório. (53) O monitoramento de campo revelou que o DNA da beterraba GM persistiu no solo por até dois anos após a sua colheita. E há evidências sugerindo que as partes do ADN transgênico podem ser transferidas horizontalmente para as bactérias do solo. (54)
23. Pesquisas recentes na terapia de genes e vacinas de ácidos nucleicos (DNA e RNA) deixam poucas dúvidas de que os ácidos nucleicos livres/nus podem ser tomados, e, em alguns casos, incorporados ao genoma de todas as células de mamíferos, incluindo os dos seres humanos. Os efeitos adversos já observados incluem choque tóxico agudo, reações imunológicas tardias e reações auto-imunes. (55)
24. A Associação Médica Britânica, no seu relatório provisório (publicado em maio de 1999), pediu uma moratória por tempo indeterminado nas libertações de OGM à espera de novas pesquisas sobre novas alergias, sobre a disseminação de genes resistentes a antibióticos e os efeitos do DNA transgênico.
25. No Protocolo de Biossegurança de Cartagena negociado com sucesso em Montreal, em janeiro de 2000, mais de 130 governos concordaram em aplicar o princípio da precaução, e em garantir que as legislações de biossegurança nos níveis nacionais e internacionais têm precedência sobre acordos comerciais e financeiros na OMC. Da mesma forma, os delegados da Conferência da Comissão do Codex Alimentarius, em Chiba, no Japão, em março de 2000, concordaram em preparar procedimentos regulamentares rigorosas para os alimentos geneticamente modificados que incluem avaliação prévia à comercialização, monitoramento de longo prazo dos impactos sanitários, testes de estabilidade genética, toxinas, alérgenos e outros efeitos indesejados. (56) OProtocolo de Biossegurança de Cartagena foi assinado por 68 governos em Nairóbi, em maio de 2000.
26. Pedimos a todos os governos para tomarem na devida conta as evidências científicas já substanciais dos riscos reais ou supostos decorrentes da tecnologia GM e muitos de seus produtos, e impor uma moratória imediata sobre novas licenças ambientais, incluindo testes em campo aberto, de acordo com o princípio da precaução, assim como dados científicos sólidos.
27. Estudos sucessivos documentaram a produtividade e a sustentabilidade da agricultura familiar no Terceiro Mundo, bem como no Norte. (57) Evidências do Norte e do Sul indicam que pequenas propriedades são mais produtivas, mais eficientes e contribuem mais para o desenvolvimento econômico do que as grandes fazendas. Os pequenos agricultores também tendem a cuidar melhor dos recursos naturais, da conservação da biodiversidade e salvaguardar a sustentabilidade da produção agrícola. (58) Cuba respondeu à crise econômica provocada pela ruptura do bloco soviético em 1989 pela conversão de convencional para grande escala, da alta monocultura de entrada para a pequena agricultura orgânica e semi-orgânica, dobrando assim a produção de alimentos com a metade da entrada anterior. (59)
28. As abordagens agroecológicas são uma grande promessa para a agricultura sustentável nos países em desenvolvimento, combinando o conhecimento agrícola local e técnicas ajustadas às condições locais com o conhecimento científico ocidental contemporâneo. (60) Os rendimentos duplicaram e triplicaram e continuam aumentando. Estima-se que 12,5 milhões de hectares em todo o mundo já são cultivados com sucesso desta maneira. (61) É ambientalmente saudável e acessível para os pequenos agricultores. Ela recupera terras agrícolas marginalizadas pela agricultura intensiva convencional. Ela oferece a única forma prática de recuperar as terras agrícolas degradadas pelas práticas agrícolas convencionais. Acima de tudo, ela capacita os pequenos agricultores familiares para combater a pobreza e a fome.
29. Pedimos a todos os governos para rejeitarem os transgênicos pela razão de que são perigosos e contrários a um uso ecologicamente sustentável dos recursos. Em vez disso, eles devem apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de métodos agrícolas sustentáveis que podem realmente beneficiar os agricultores familiares em todo o mundo.
FONTE : VERDADE MUNDIAL

Justiça obriga produtos Pullman, Ana Maria e Bisnaguito a identificar conteúdo TRANSGÊNICO


Pullman, Ana Maria
As marcas Pullman, Ana Maria, PlusVita, Bisnaguito e Nutrella, todos da empresa Bimbo, deverão conter a informação de que possuem alimentos transgênicos. A Justiça julgou parcialmente procedente ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e condenou a Bimbo do Brasil Ltda a informar nos rótulos ou embalagens de alimentos que fabrica e comercializa a eventual presença de organismos geneticamente modificados (OGM) na composição de seus produtos, independentemente do percentual da modificação.

A sentença determina que a Bimbo, insira no rótulo do produto o sinal gráfico designativo de alimento transgênico (“T”, em letra minúscula, inserido em triângulo com fundo amarelo), acompanhado da expressão “transgênico”. A decisão também proíbe a fabricante de colocarnovos produtos no mercado sem essa identificação, sob pena de pagamento de multa de R$ 1 mil por produto encontrado no mercado sem essa observação.

A ação foi ajuizada em 201 pela Promotoria de Justiça do Consumidor a falta de informação sobre a presença de organismos transgênicos na composição dos produtos contraria o Código deDefesa do Consumidor, especificamente o artigo 31 que trata de informações relevantes que devem ser fornecidas aos consumidores.

“A informação sobre a composição está atrelada à ideia de quais substâncias e/ou ingredientes são utilizados para a confecção do produto, devendo constar de modo claro e preciso na embalagem, de maneira plenamente perceptível ao consumidor, a fim de que o processo de escolha possa garantir efetivamente o mínimo de respeito à integridade física e psíquica do consumidor, permitindo-lhe, 
conscientemente, optar entre consumir ou não o produto com ingrediente transgênico”, escreveu, na ação, o Promotor de Justiça Gilberto Nonaka.

O Promotor ressalvou que o objetivo do MP não é discutir os eventuais riscos da ingestão de produtos criados a partir da manipulação de organismos geneticamente modificados, mas tão somente visa a garantir à coletividade de consumidores exposta às atividades comerciais desempenhadas pela Nestlé “as informações necessárias para autodeterminar-se e fazer escolhas conscientes sobre o que consumir”.

Na sentença, proferida dia 14 de julho, o Juiz Rogério Marrone de Castro Sampaio, da 27ª Vara Cível Central da capital, fundamenta que “a informação idônea sobre a origem dos alimentos, além de constituir direito básico do consumidor, é importante instrumento para rastreabilidade de eventual e potencial dano, muito mais necessário ao se tratar de alimento geneticamente modificado, tendo em vista a notória polêmica acerca do assunto diante da existência de inúmeras controvérsias”.

Ainda de acordo com a sentença, “muito embora permitida sua produção no Brasil, os alimentos transgênicos fazem parte de temário que suscita muitas polêmicas e dúvidas, por se tratar de novel matéria muito discutida, principalmente entre ambientalistas, e de muito interesse para o agronegócio e grandes empresas. Com mais razão, portanto, que o consumidor seja plenamente informado acerca da procedência de produtos alimentícios, se transgênicos ou não e qual microorganismo que fornece o transgene”.

No entendimento do Juiz, “na esteira de questões dessa magnitude, não se mostra razoável a resistência das empresas fornecedoras quanto à prestação de informações adequadas sobre as características transgênicas na rotulagem de produtos alimentícios colocados à disposição dos consumidores, que devem se amoldar às novas situações determinadas pelo alto e distinto consumismo contemporâneo”. (Carta Campinas com informações do MPSP)

OBS . VALE LEMBRAR QUE PRODUTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS COMO OS TRANSGÊNICOS PROVOCA ALTA INCIDÊNCIA DE CÂNCER A LONGO PRAZO , QUEM TEM TENDENCIA A TER O CÂNCER COMENDO TRANSGÊNICOS ISSO ACELERANDO AINDA MAIS O PROCESSO .   

http://cartacampinas.com.br/ e Por trás da mídia mundial

Fonte : WWW.LIBERTAR.IN