TEXTO

“Surgirão muitos falsos profetas, que enganarão a
muitos; e, por causa do aumento do que é contra a lei,
o amor da maioria esfriará.”

Mateus 24:11, 12
Amauri Jr - dono e administrador do Blog

domingo, 11 de agosto de 2013

Saiba como um tanque de guerra nacional bateu em todos os concorrentes. EE-T1 Osório.

Osorio EE-T1
Conheça a impressionante história do tanque de guerra nacional EE-T1 Osório, que um dia bateu os tanques da França, Inglaterra e USA, e que não foi para frente porque o Tio Sam além de não saber perder é invejoso.

A empresa que o desenvolveu era a Engesa (que faliu), e que já fabricava tanques nos anos 70 e 80, e os vendia para toda América latina e tendo vendido tanques ate para o Iraque os quais atuaram em situação de guerra real (guerra Iraque-Irã). No começo dos 80 a empresa viu a oportunidade de vender um MBT (Main Battle Tank) para a Arábia Saudita que buscava modernizar seu exército e contava para isso com muito dinheiro. Originalmente compraria os tanques Leopard 2 da Alemanha, mas o governo da Alemanha barrou a venda alegando que não podia vender tanques de ultima geração para países fora da OTAN.
Ai a Engesa viu a chance, desenvolveu então um protótipo para apresentar à Arábia Saudita, e se escolhido, entraria em produção. Os engenheiros da empresa rodaram o mundo buscando as tecnologias que equiparia o futuro MBT e que estivessem dispostos a negociar. O tanque se chamaria Osório em homenagem ao general de cavalaria e patrono da arma de cavalaria do exército.
Em 1987 o protótipo final para ser testado pela Arábia Saudita estaria pronto para enfrentar os seus concorrentes em testes feitos no mesmo deserto da Arábia.
Os testes seriam feitos por tripulações da Arábia, e constavam de rodagem em rodovia e deserto, consumo, resistência do motor, superação de obstáculos, andar em planos inclinados, substituir lagartas em 40 minutos, testes de tiro com alvo móvel e estático à distancias de ate 4 kms e se tudo isto não fosse pouca coisa, tinha que andar de ré e rebocar outro tanque de ate 35 toneladas por 15 kms. O Osório fez tudo isto e ainda rebocou o tanque americano (bem mais pesado). No final sobrou o Osório e o Abrams americano.
Os Arábes “All in all” davam como vencedor ao Osório, que além do mais era mais barato, o que gerou um entusiasmo geral aqui no Brasil. No seguinte ano também teria um bom desempenho em outro teste, desta vez para os Emiratos Árabes.
Porém no meio disto tudo o Iraque invadiria o Kuwait e na corrida o fornecedor que tinha os tanques para pronta entrega eram os americanos. No final da história, a Arábia Saudita comprou o M1 Abrams inviabilizando a produção do Osório. Um negócio de bilhões de dólares.
ee-t1-osorio
Deste ponto ate a falência da Engesa poucos anos depois, houve um cúmulo de fatores, desde o elevado investimento, a falta de contratos de venda, a falta de dinheiro do governo para comprar os Osórios (depois acabaria gastando milhões e comprando tanques usados), uma suposta intervenção de USA na jogada para destruir a concorrência (o que é normal acontecer entre concorrentes para falar a verdade) e fatores de geopolítica, aonde alguém sempre deve algo a alguém e acaba cobrando favores.
Então foi fechar as portas e chorar, e sonhar o que poderia ter sido uma industria forte. Por ai diz que nos anos 80 o Brasil era o 10o produtor e exportador de armamento, hoje essa industria não existe mais.
Conteúdo original do Instigatorium. Fontes: Wikipedia, Jalopnik, Exército Brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário